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A linguagem dos quadrinhos: o universo estrutural de Ziraldo e Maurício de Sousa, de Moacy Cirne

Sinopse:

“A importância social, estética e comunicacional das estórias em quadrinhos já foi devidamente assinalada, seja por Umberto Eco e Alain Resnais, seja por Marshall McLuan e Federico Fellini. Seus instigantes e excepcionais vetores criativos, a partir de 1960/61, começaram a merecer análises críticas pautadas na especificidade de sua linguagem: a narrativa estruturada segundo certos requisitos semânticos e operacionais.

No Brasil, – no que se refere ao campo editorial -, a VOZES é pioneira no estudo de quadrinhos. Primeiramente, com o n. 7, de julho de 1969, da Revista Vozes; em seguida, com o livro Bum! A explosão criativa dos quadrinhos, de Moacy Cirne, lançado em julho de 1970, e já em 2ª edição. E mais uma vez Moacy Cirne se volta para a problemática estético-informacional dos comics, desta feita se detendo na particularidades sígnicas que constituem as historietas brasileiras.

O presente livro – A linguagem dos quadrinhos -, além de levar alguns problemas ideológicos e econômicos da maior relevância cultural, específicos à nossa realidade contextual, estuda (pela primeira vez entre nós) a experiência do Pererê, de Ziraldo, e a obra em progresso de Maurício de Sousa. O universo encantatório de Pererê e Tininim, Galileu e Campadre Tonice, Mônica e Cebolinha, Horácio e Jotalhão nos é relevado com a mesma clareza crítica que precisou o Bum! Além disso, nos são apontados o contexto vanguardísticos que se fabrica ao lado das experiência em quadrinhos, os procedimentos onomatopaicos em Ziraldo, as melhores estórias da revista Pererê, a metalinguagem e o absurdo antológico em Maurício de Sousa. Assim sendo, o livro se apresenta indispensável para estudiosos de quadrinhos, teóricos da comunicação e praticantes da vanguarda (no cinema, na música, no poema).

Moacy Cirne, natural do Rio Grande do Norte, estudou na Faculdade de Direito de Natal, despontou como autor laureado no I Prêmio Esso-Jornal de Letras de Literatura (1966), fundou – ao lado de outros poetas – o movimento do poema/processo (1967), publicou o primeiro livro brasileiro sôbre quadrinhos (1970), coordenou um número sôbre O mundo dos super-heróis (1971). É professor do Instituto de Comunicação da Universidade Federal Fluminense e secretário da referida revistas de Cultura Vozes.”

Citações:

Os quadrinhos brasileiros – e/ou os quadrinhos no Brasil – nunca foram levados a sério. […] Quando a problemática comunicacional passou a receber um tratamento crítico fundado na semiótica e na Teoria científica da História, os quadrinhos despontaram […] (CIRNE, 1971, p. 9).

Estamos vendo como os quadrinhos (da mesma forma que o cinema, o poema de vanguarda etc.), e em especial os quadrinhos brasileiros, podem e devem levar questões da mais alta significação cultural, como aliás o têm feito durante todos êstes anos. Resta verificar se ao levantamento desses questões tem correspondido uma ação crítica eficaz e criativa (CIRNE, 1971, p. 16).

Assim como existe uma nova crítica literária (nascida fora das Faculdades de Letras!) e uma nova crítica cinematográfica (nascida fora dos cineclubes!), é preciso que exista uma (nova) crítica de quadrinhos.

É bem possível que em breve tenhamos semiólogos, por exemplo, como os nossos melhores críticos de historietas, para desespêro dos “colecionadores de gibis”.

Sômente uma crítica nova atenderá criativamente às exigências de um processo nôvo. No cinema, na música, no poema. E nos quadrinhos. (CIRNE, 1971, p. 17-18)

CIRNE, Moacy. A linguagem dos quadrinhos: o universo estrutural de Ziraldo e Maurício de Sousa. Petrópolis: Vozes, 1971.

Metodologia: linguagem dos quadrinhos

Você encontrará aqui uma metodologia para ensino da linguagem dos quadrinhos dentro de sala de aula.

Quando aplicado uma atividade de história em quadrinhos dentro de uma sala é provável que o professor encontre alguma resistência entre os alunos que dizem não saber desenhar. Isso pode provocar uma barreira no desenvolvimento do trabalho.

A proposta desta atividade não é ensinar a desenhar. A finalidade é fazer com que os alunos entendam o funcionamento básico de construção de uma história em quadrinhos. O entendimento servirá tanto para melhorar a compreensão da leitura, quanto para desenvolver histórias mesmo com um desenho simples.

Por esse motivo, esta lição é feita com um personagem feito de formas geométricas simples.

Os quadros são apresentados um a um, colocados em cima de uma mesa. A cada novo quadro acrescentado, o professor vai dialogando, colhendo depoimentos e instigando os alunos a completarem e comentarem as histórias.

QUADRO A QUADRO

Esta é a primeira figura apresentada, onde se pergunta para a turma: “- O que o personagem está fazendo?”

Existem várias interpretações válidas. O personagem podem estar andando tranquilamente, fazendo caminhada, correndo, passeando …

Agora acrescenta-se um segundo quadro onde o personagem se depara com uma situação inusitada. Uma lâmpada!! Ele fica curioso…

Perceba que mesmo sem ter expressões faciais, a imagem induz a curiosidade. Para isso, além da interrogação, o corpo foi desenhado de forma inclinada para o objeto misteriosos.

Nesse ponto pergunta-se para a turma: “- O que vai acontecer no próximo quadro, depois que ele encontrou a lâmpada mágica?”

Isso fará com que os alunos busque em sua experiência pessoal a opinião para o que vai acontecer em seguida. A lâmpada está associada a histórias onde ao esfregá-la, aparecerá um gênio que irá realizar três desejos.

Depois de todas as ideias e conclusões, apresente o terceiro quadro:

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Carta de Caminha

Um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha quadrinizada.

Quadrinhos do Aglomerado

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, dá início nesta segunda-feira, dia 10 de maio, a uma programação virtual desenvolvida em rede pelos Centros Culturais do município. Serão cerca de 30 atividades por semana, gratuitas e voltadas a todos os públicos, em diversas linguagens artísticas, como música, dança, artes visuais, entre outras, além de oficinas de inclusão digital. A programação completa para esta primeira semana já está disponível no Portal Belo Horizonte – www.portalbelohorizonte.com.br. As inscrições devem ser feitas seguindo as orientações de cada atividade. Semanalmente, haverá a atualização da grade de programação. 

A criação desta programação virtual marca o retorno das atividades dos Centros Culturais descentralizados, geridos pela Prefeitura, espalhados por todas as regionais da cidade. Voltados ao desenvolvimento cultural e à valorização das identidades das comunidades onde estão inseridos, estes espaços encontram-se atualmente fechados ao público devido às medidas sanitárias de combate e prevenção à Covid-19.

Saiba mais no portal da PBH: prefeitura.pbh.gov.br/noticias

QUADRINHOS DO AGLOMERADO

A atividade apresentará a linguagem dos quadrinhos e a história desse gênero literário e visual, abordando os fundamentos de estrutura da narrativa, desenho, balões e roteiro. Com Richardson Freitas.

Público: a partir de 10 anos
Datas: 11, 18 e 25 de maio, 1º, 8, 15 e 22 de junho de 2021 (terças-feiras)
Das 14h às 15h30
Inscrições: enviar um e-mail para ccvf.fmc@pbh.gov.br ou ccvm.fmc@pbh.gov.br e receberá o link para participar das aulas, via plataforma Google Meet.
Atividade online realizada pelo Centro Cultural Vila Fátima e Centro Cultural Vila Marçola