Jornal de caricaturas criado por Angelo Agostini e Luiz Gama, lançado em 2 de outubro de 1864. Era publicado aos domingos em São Paulo. Tinha 8 páginas, contendo textos, caricaturas e ilustrações de eventos e cenas do dia a dia.
O diabo foi uma figura criada pela Igreja na Idade Média e difundida na literatura e nas Artes.
El Diablo Cojuelo, do escritor espanhol Luiz Velez de Guevara, obteve muito sucesso quando publicado pela primeira vez, em 1641. Quase setenta anos depois, em 1707, Alain René Lesage repetiu-lhe a dose e o tom no romance de mesmo título e assunto, Le Diable Boitex. Era a história de Asmodeu, o coxo, pobre diabo preso numa garrafa. Liberado por um estudante, concedeu ao jovem o poder de ver, através dos tetos e das paredes das casas, o que se passava com as pessoas no seu interior. Fórmula cômoda de o escritor retratar e satirizar, com espirituosidade, os costumes da sociedade. (CAGNIN in GAMA, 2005, p. 14).
Diabo Coxo era a figura que olhava para a sociedade através de suas “paredes”, revelava sua ações moralista e apontava seus erros através de caricaturas ácidas que incomodavam
Publicado em séries, a primeira foi de outubro até dezembro de 1864. A segunda circulou entre julho e dezembro de 1865.
Introdução da primeira edição:
Referência:
GAMA, Luíz. Diabo Coxo: São Paulo 1864-1865. Redigido por Luíz Gama; Ilustrado por Angelo Agostini. Ed. fac-similar. São Paulo: Editora da USP, 2005. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=701513&pasta=ano%20186&pesq=&pagfis=1