Realizado pelo Centro de Criação e Divulgação do Quadrinho Nacional
Ano: 1993
Local: Gibiteca da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
Programação: exposição, mesa-redonda e oficinas.
Realizado pelo Centro de Criação e Divulgação do Quadrinho Nacional
Ano: 1993
Local: Gibiteca da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
Programação: exposição, mesa-redonda e oficinas.
No dia 19 de outubro de 1991 aconteceu na 8ª Feira do Livro de Belo Horizonte “Painéis de HQs” com o anúncio do lançamento da Gibiteca de BH. Evento realizado no recinto de exposições do Shopping Center BH.
O painel contou com a presença de Nilson, Melado e Antônio Roque Gobbo, que “[…] enfatizou a necessidade da Gibiteca Pública Estadual como elemento dinamizador das atividades quadrinísticas da cidade e catalisador dos artistas da área” (Repórter HQ, v. 42, 1991, p. 12).
“Em pleno andamento o projeto de criar gibitecas em todas as bibliotecas públicas estaduais de Minas, que serão lideradas pela gibiteca de BH, a ser instalada na capital mineira. Empenhados no projeto todos os diretores e coordenadores da Biblioteca Pública de BH, que já vem realizando campanha (através do rádio, tv e jornais) para angariar volumes e despertar o interesse maior da população nesta empreitada”. Na ocasião, Gobbo doou centenas de revistas para a iniciativa.
Referência.
Repórter HQ: informativo de quadrinhos, ano 4, v. 42, Belo Horizonte, nov. 1991.
No dia 22 de agosto de 1972, o Museu de Arte da Pampulha abriu a exposição História em Quadrinhos & Comunicação de Massas.
A exposição originalmente intitulada Bande Dessineé et Figuration Narrative aconteceu no Museu de Artes Decoratifs, no Louvre em Paris em 1967. Estava ligada a Societé d’Esudes et de Recherches des Litteratures Dessignées e Geraldo G. Talabot. A mostra era baseada no livro de mesmo nome da exposição.
Em 1970, o professor Pietro Maria Bardi (Diretor do Museu de Arte de São Paulo- MASP) e Enrique Lipsick (Escola Panamericana de Arte) trouxeram a exposição para o MASP. Foi dado a ela o nome para História em Quadrinhos & Comunicação de Massas. A parte internacional estava organizada e, na época, Ziraldo foi convidado para fazer a capa do catálogo, a marca símbolo da exposição e ajudar na participação dos artistas mineiros da exposição nacionais. A remessa de originais acabou atrasando e Ziraldo só recebeu os trabalhos mineiros dois dias depois da abertura da exposição.
Em 1972, a exposição veio para o Museu de Arte da Pampulha (MAP). A gestora do museu, Conceição Piló, convidou Ziraldo para fazer a curadoria da Sala Mineira, recolhendo trabalhos de artistas a partir da década de 30.
“A História em Quadrinhos já foi analisada sob os mais variados aspectos, principalmente a partir da década 60. Na mesma época foi elevada à categoria de arte com os ‘comics’ dos integrantes do movimento ‘Pop”, nos Estados Unidos, e com a participação de vários artistas plásticos brasileiros, através de salões de âmbito nacional e pelo fato de despertar o potencial criativo das crianças em geral já está mais do que comprovado. Dáí, reveste-se de grande importância esta promoção do Museu de Arte Moderna da Prefeitura realizando em combinação com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (Prof. Pietro Maria Bardi e Henrique Lipzig) e os cartunistas mineiros” (Histórias […], Diário da Tarde, 21 ago. 1972).
“A exposição foi dividida em duas partes: No andar superior um levantamento geral da história em quadrinhos. No térreo, grupo liderado por Ziraldo vai reunir histórias em quadrinhos ou ‘comics’ dos mineiros” (Histórias […], Diário da Tarde, 21 ago. 1972).
Entre os artistas estavam artistas e colaboradores de jornais, revistas e livros de Minas Gerais.
Continue lendo“Em 1940, Vicente Guimarães procurou José Neves Queiroz, de uma velha família de gráficos mineiros, com o plano de uma revista infantil. José Queiroz topou a ideia com paixão e, no meio da profusão e do êxito comercial dos gibis, eles saíram com uma revistinha mineiríssima, que o Brasil inteiro leu durante 15 anos.” Ziraldo
Era uma vez… foi a primeira revista infanto-juvenil de Minas Gerais, lançada em 15 de abril de 1940 em Belo Horizonte, . De periodicidade quinzenal, foi rodada na Gráfica Queiroz Breyner.
Tinha uma linha editorial que prestigiava o trabalho de grandes artistas da imprensa mineira e abriu espaço para novos talentos, como Ziraldo. Era uma revista que fazia frente as produções da época que publicavam, principalmente, tradução de material estrangeiro, o que barateava os custos. Objetivava ser uma alternativa ao conteúdo estrangeiro que traziam preocupação na época aos impactos da leitura nos jovens leitores. Diz ser uma revista sadia para mentes sãs.
Inicialmente funcionou sob a direção de Vicente Guimarães, com o subtítulo Revista de Vovô Felício para os seus netinhos. Vicente depois se muda para o Rio de Janeiro para assumir a chefia do departamento do SESI que cuidava do Serviço de Orientação e Recreação da Infância da revista Sesinho (1947). Assim, a condução da revista passou para as mãos dos Estabelecimentos Gráficos Santa Maria, com a direção de José Neves, trocando seu subtítulo para A revista infanto-juvenil mais bonita do Brasil. Essa segunda fase durou até abril de 1955.
Vicente Paulo Guimarães (23/05/1906 – 04/06/1981)
Vicente Guimarães nasceu em Cordisburgo/MG, formou-se como professor primário, trabalhando como Inspetor Federal de Ensino até 1976. Começou sua trajetória publicação narrativas infantis em Caretinha. Depois fundou o Suplemento Infantil de O Diário (1940) de Belo Horizonte. Inspirado com o suplemento, surge a ideia de Era uma vez… Muda-se para o Rio de Janeiro para trabalhar no SESI, criando a revista Sesinho. Volta para BH, atuando em rádio clube e tv. Através do Rotary Club, criou 18 bibliotecas infantis.
José Neves Queiróz
A Gráfica Queiroz Breyner foi, por vários anos, a única gráfica de Belo Horizonte que tinha maquinário apropriado para imprimir as revistas ilustradas da cidade. Imprimia a revista Bello Horizonte (1933) e Alterosa (1939), antes de lançar a Era uma vez…. O gráfico José Neves Queiróz assume a revista infanto-juvenil com a ida de Vicente para o Rio.
Referências
CAMPOS, Edson Nascimento. Era uma vez…, revista de Vovô Felício para os seus netinhos – um projeto de leitura. Vária História, Belo Horizonte, n. 18, set. 1997. p. 273-296. Disponível em: https://static1.squarespace.com/static/561937b1e4b0ae8c3b97a702/t/5727a11040261d0bb594696f/1462214930106/16_Campos%2C+Edson+Nascimento.pdf
CAMPOS, Edson Nascimento. Texto são em mente sã: um projeto de leitor. A prática da leitura na revista Era uma vez…: o Brasil da era Vargas – os anos 40. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2001. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/site/e-livros/Texto%20s%C3%A3o%20em%20mente%20s%C3%A3%20um%20projeto%20de%20leitor.pdf