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1869 – As Aventuras de Nhô-Quim, ou Uma Viagem à Corte

1869 a 1870, jornal A vida Fluminense, Rio de Janeiro

As Aventura de Nhô-Quim, ou Impressões de Uma Viagem à Corte foi um dos pioneiros trabalhos do mundo no desenvolvimento das histórias em quadrinhos.

O primeiro capítulo foi publicado no dia 30 de janeiro de 1869 e é considerada a primeira história em quadrinhos publicada no Brasil. A data foi estipulada por pesquisadores da Associação dos Quadrinhistas e Cartunistas de São Paulo em 1984. Ela é considerada a primeira do gênero do país porque, além de estruturada em narrativa gráfica inovadora, possuída um personagem fixo durante.

Nhô-Quim era um jovem de 20 anos morador de uma cidade do interior. Filho único de gente rica, o rapaz se apaixona por uma pobre moça, Sinhá Rosa. O pai de Nhô-Quim, desaprovando o romance e manda o filho para um passeio à Corte com a intenção de que ele conhecesse novos ares e esquecesse de vez a Sinhã Rosa. Começa assim uma série de desventuras de um homem ingênuo e trapalhão em uma cidade grande. A história é baseado em uma forte crítica do autor aos problemas urbanos da época, dos costumes sociais e política.

Ao todo, foram publicadas 14 histórias de Nhô-Quim, entre 1869 e 1870, no Jornal A vida Fluminense. 9 capítulos foram desenhados por Angelo Agostini e, posteriormente, mais 5 desenhados por Cândido A. De Faria.

O livro “As Aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora”, do pesquisador Athos Eichier Cardoso, publicado pela Editora do Senado Federal, contando detalhes da vida do autor, pode ser baixado gratuitamente no link Livraria do Senado.

Scan da edição original do jornal A Vida Fluminense, nº 57, de sábado, 30 de janeiro de 1869, onde foi publicada a primeira revista em quadrinhos do Brasil. Fonte: Acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional

Angelo-Agostini-Vida-Fluminense-1869-57

Obs: Há alguma divergência sobre o título de pioneirismo de Agostini, sendo que alguns pesquisadores apontam para o trabalho de Sisson como a primeira história em quadrinhos publicação no país, na revista O Brasil Illustrado, de 1855.