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Gibiteca: Unidade de Informação para a mediação da leitura de histórias em quadrinhos

Autor: Rubem Borges Teixeira Ramos

RESUMO: Considerando-se as histórias em quadrinhos como recursos / dispositivos informacionais, e as gibitecas enquanto unidades de informação, que contam em seu acervo com diversas coleções de quadrinhos, o presente estudo tem por objetivo identificar a existência de ações ou eventos promovidos pelas gibitecas voltados a mediação da leitura, tendo por base as dimensões da mediação da informação, conforme aponta Gomes (2014, 2017, 2019, 2020). Para tanto, procedeu-se a um estudo de caso, de natureza qualitativa e descritiva, realizado junto a um conjunto de gibitecas brasileiras, elencando algumas de suas atividades e projetos, procurando evidenciá-las também como ações pertinentes a mediação da leitura. Ao analisar essas atividades e projetos, a pesquisa constatou que as gibitecas oferecem ações que
se enquadram junto as dimensões da mediação da informação, o que favorece o senso de envolvimento e a prática da leitura de histórias em quadrinhos, contribuindo tanto junto a atuação de mediadores da leitura, como profissionais conscientes para com seu dever e funções em relação a escolha e a abordagem que devem considerar junto aos quadrinhos, como quanto aos leitores alvo da mediação da leitura, com vistas a favorecer a sua formação enquanto leitores de diferentes contextos e realidades sociais, estimulando a apropriação de informação e a serem conscientes e ativos com seu papel de protagonismo social.

Citações

“Uma vez estabelecendo a presença de informação junto a narrativa das HQs, e considerando os diferentes gêneros presentes nesses quadrinhos – terror, infantis, biografias, super-heróis, entre outros – bem como a quantidade expressiva de publicações disponíveis atualmente no mercado nacional e internacional, é interessante se pensar em formas pelas quais seja possível fornecer o acesso as HQs, tanto das que foram produzidas em décadas anteriores quanto as atuais, estimando aqueles que necessitam obter e acessar a informação contida em suas narrativas. Para isso, deve-se contar com um local que atue como disseminador, para que outros possam também receber informações presentes nesses recursos informacionais, promovendo seu acesso e uso por parte dos leitores” (Ramos, 2023, p. 7-8).

“A existência de Gibitecas enquanto UI possibilita não apenas um local cuja função seja a de organizar, catalogar e disseminar as HQs, nem tampouco o de fornecer exclusivamente como fruto dessas importantes ações o acesso desses quadrinhos ao público leitor interessado em lê-los. Segundo Pustz (2000), a existência de locais que estimulem em base regular encontros e debates que sejam interessantes, contribuindo assim para com a formação de leitores engajados e de uma cultura devotada as HQs é algo que se deve endossar” (Ramos, 2023, p. 8).

“Podemos estabelecer, como função social da gibiteca, a inclusão e o estímulo a leitura, criatividade e criticidade e, no caso da gibiteca escolar, acrescente-se aí a inclusão pela educação. Assim, a gibiteca não pode ser considerada tão somente uma coleção de histórias em quadrinhos disposta a consulta pública (p. 101)” (Ramos, 2023, p. 9).

(Ramos, 2023, p. )

RAMOS, Rubem Borges Teixeira. Gibiteca: unidade de informação para a mediação da leitura de histórias em quadrinhos. Liinc em revista, v. 19, n. 1, maio 2023. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/6312.