Memória ilustrada de minha trajetória artística.
LINHA DO TEMPO
Aos 10 anos de idade, ao ler pela primeira vez uma história em quadrinhos do Homem-Aranha (editora Abril), fico alucinado e decido que queria ser desenhista quando crescer. Lia as revistas mensais, copiava várias das cenas das histórias e depois guardava as revistas em uma caixa iniciando minha coleção.
Crio o meu primeiro personagem de história em quadrinhos chamado Homem Tocha. Ele era um alpinista que encontrou fragmentos de meteoro em uma montanha. Ao tocar na pedra ganha poderes de fogo. Ele falava “Em Chamas” e ativava seus poderes. Era uma cópia do personagem Tocha Humana do Quarteto Fantástico. Essas primeiras páginas desenhadas em folha de papel eram repassadas para amigos e familiares. Infelizmente não tenho mais nenhuma dessas histórias guardadas comigo.
Raio foi meu segundo personagem. Era uma mistura entre o Super Homem e o Flash. Era um herói forte, veloz, voava e soltava raios pelas mãos. Raio teve seu planeta invadido por terríveis inimigos. Ele foi enviado à Terra para ganhar experiência no uso de seus poderes e voltar para salvar o seu planeta natal. Na época conseguia algumas folhas de formulário contínuo, onde desenhava no verso e montava as revistas. A arte final era feita com caneta esferográfica azul, preta e vermelha.
Ao ingressar no Ginásio (na época ciclo entre a 5ª e 8ª séries), ia e voltava da escola em um ônibus escolar Expresso Zaza. Fiz vários amigos e os transformei em quadrinhos. Foi quando passei a usar o humor para contar as histórias. Quando uma situação engraçada acontecia, logo virava um desenho exagerado da situação. Essas revistas circulava entre os alunos e até os motoristas do ônibus. Foi o primeiro passo para as caricaturas.
Estudei o segundo grau (antigamente, do 1º ao 3º ano) no Estadual Central de BH. Lá continuei com os desenhos de humor, fazendo caricaturas de professores e amigos. Transformava a minha turma em heróis e vilões. O mais frequente era o Super Homenzinho Azul, um herói taxista que deixava o taxímetro ligado para salvar o mundo – e cobrar depois. Tinha o terrível vilão O Advogado. A Bruxinha. A repórter Luluzinha. O Toupeira. O Yogi. Entre outros. Essas páginas são meus originais mais antigos ainda intactos e estão de posse do meu amigo Paulinho.
Durante essa fase de escola que durou entre 1992 a 1995, foram feitas várias sátiras de super heróis misturados com jornalistas da Rede Globo Minas. Quando minha turma voltava a pé da escola até o centro para pegar o ônibus, no meio do caminho havia a antiga sede da rede de tv que ficava na rua Rio de Janeiro. Muitas vezes passámos na portaria na tentativa de um autógrafo. Em grupo criávamos roteiros que se tornavam fanfic.
Em 1997 ingresso no curso de Licenciatura em Desenho da Escola de Design – UEMG. Foi nesse período que começo a trabalhar profissionalmente com desenho e aulas de arte.
Entra em operação o provedor gratuito de internet IG. Para acessar era necessário criar um e-mail para login. Depois de diversas tentativas frustradas de nomes – que já estavam sendo usados- veio a ideia de tentar a tinta “nanquim”. Surge o nanquim@ig.com.br. Não uso mais esse e-mail porém o nome NANQUIM passou a ser a marca de meus trabalhos.
Membro fundador da Associação Cultural Nação HQ, criada em 2004. A Nação HQ desenvolve ações na área de histórias em quadrinhos e política cultura. Introduzimos em Belo Horizonte as comemorações do Dia do Quadrinho Nacional, em 2006 e a levamos ao legislativo a proposta do projeto de lei municipal que oficializou o FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos no calendário cultural de Belo Horizonte. www.nacao.net
Neusinha foi minha personagem fixa de maior duração. A temática era eternas dívidas e seus rolos financeiros. nanquim.com.br/category/tirinhas/neusinha/
Através da Nação HQ, ajudei na produção do primeiro Dia do Quadrinho Nacional comemorado em Belo Horizonte. O evento aconteceu no Gama Café, no bairro Planalto – Regional Norte. A data é comemorada no dia 30 de janeiro porque é quando foi publicada a primeira história em quadrinho do Brasil, em 1869. O Dia do Quadrinho Nacional da Nação HQ aconteceu consecutivamente entre 2006 e 2014.
Participação da exposição coletiva BH, a grande cidade do 5º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte de 2007.
A Prefeitura de Belo Horizonte Institui o Dia dos Quadrinhos no Município no calendário oficial através da Lei. 10.071/2011. O prefeito de BH esteve presente em nosso evento no ato da comemoração do Dia do Quadrinho e a celebração da inserção da data no calendário oficial da cidade.
Membro eleito da sociedade civil para participar da Comissão da Lei de Incentivo da Cultura de Belo Horizonte (Gestão 2011/2012).
Membro representante da sociedade civil da Comissão Eleitoral do Conselho Municipal de Política Cultural de Belo Horizonte (Eleições 2013).
Oficina: Contestação social através dos quadrinhos
6 de novembro de 2013
Semana Cultural Travessia
D.A. Letras Travessia – FALE/UFMG