A estrutura básica de uma história em quadrinhos é formada de quadro, requadro e sarjeta.
QUADRO
O quadro é o espaço onde acontecem uma cena da história. Dentro dele poderão ser encontrados vários elementos, como o desenho, as legendas, os balões e as onomatopeias.
A onomatopeia é um recurso de narrativa das histórias em quadrinhos para simular sons em forma de fonemas. Elas amplificam os acontecimentos de uma cena.
Vamos acompanhar um exemplo de uma xícara caindo no chão.
Na primeira tirinha, não foi usado o recurso da onomatopeia. Não há prejuízo de entendimento porque o desenho deixa claro que a xícara caiu no chão e se quebrou.
Nessa segunda tira, o recurso da onomatopeia faz com que a cena da xícara se espatifando no chão tenha uma maior impacto. Isso acontece porque ao acrescentarmos “CRASH” induzimos o leitor, ao ler a palavra, a recriar o som em sua cabeça.
Scott McCloud utiliza a linguagem dos quadrinhos para a ensinar sobre a própria linguagem. De forma prática, define os conceitos, demonstra os elementos e as funcionalidades básicas das hqs. McCloud ainda aborda sobre o que acontece entre os quadros de uma história, revelando como a nossa mente processa a mensagem ao ler uma revista.
MCCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. São Paulo: M.Books, 1995.
ISBN: 85-346-0489-4
CDD-741.5 95-2722
Índices para catálogo sistemático: 1. Estória em quadrinhos: Apreciação crítica – 741.5 2. Quadrinhos: Estórias: Apreciação crítica – 741.5
“Japão é o país onde se consome a maior quantidade de quadrinhos no mundo. As cifras de vendagem chegam anualmente a bilhões de exemplares. A indústria multibilionária dos mangás atinge toda a população porque tem uma de suas bases apoiada na estreita e íntima ligação entre os personagens e o público. Os heróis de mangá se solidarizam com o leitor: eles lutam, amam, brigam, aventuram-se, viajam e até exercitam-se por ele. Também o faz esquecer das longas horas nos trens, metrôs, do trabalho monótono e mecânico nos escritórios, do inferno dos vestibulares, das casas apertadas, da multidão nas ruas e dá energia para o dia seguinte.
No Brasil, os mangás serviram como um dos mantenedores da língua viva e coloquial entre as gerações de descendentes de japoneses e influenciaram os desenhistas de Histórias em Quadrinhos nipo-brasileiros dentro do movimento quadrinista nacional.”
Trecho do livro, Sonia Bibe Luten
Mangá: O Poder dos quadrinhos japoneses Sonia Bibe Luyten Fundação Japão 1991
LUYTEN, Sonia Maria Bibe. Mangá: O poder dos quadrinhos japoneses. São Paulo: Estação Liberdade – Fundação Japão, 1991.
ISBN: Editora HEDRA 8587328174 9788587328175
CDD- 741.5952 302.230952 808.36 91-0015
Índices para catálogo sistemático: 1. Estórias em quadrinhos: Forma narrativa: Literatura 808.39 2. Japão: Estória em quadrinhos: Apreciação crítica 741.5952 3. Japão: Estória em quadrinhos: Poder de comunicação: Aspectos sociais 302.230952 4. Japão: Quadrinhos: Estórias: Apreciação crítica 741.5952