James Gillray , caricaturista britânico nascido em Londres.
Aprende a técnica de gravador e em 1778 ingressa na Royal Academy. Inicia sua série de trabalhos de sátiras pólitcas com a caricatura “Paddy on Horseback” de 1779.
O artista britânico William Hogarth (1697-1764) que a partir de 1732 lançou a série “Modern Moral Subjects” (Assuntos Morais Modernos). Através de uma narrativa usando uma sequência de gravuras, Hogarth satirizava os vícios e os costumes de sua época.
Abaixo “Beer Street/Gin Lane” sobre o vício da bebida alcoólica Gin nas ruas de Londres.
O italiano Annibale Carracci nasceu em 3 de novembro de 1560 em Bolonha. Em parceria com seu irmão e um primo, abriu em 1582 o estúdio de pintura Accademia dei Desiderosi, posteriormente chamada de Accademia degli Incamminati. O estúdio produziu vários afrescos famosos, como os do Palazzo Farnese em Roma, onde Annibale produziu os esboços e coordenou a equipe de pintura do grande salão.
Entre suas obras, Carracci produziu diversos estudos de tipos populares que viviam na Bolonha.
Carracci conceituou:
“A tarefa do caricaturista não é a mesma do artista clássico? Os dois vêem a verdade final por baixo da superfície da mera aparência exterior. Os dois tentam ajudar a natureza a realizar seu plano. Um pode lutar para visualizar a forma perfeita e executá-la em sua obra, o outro luta para alcançar a deformidade perfeita, e assim revelar a essência de uma personalidade. Uma boa caricatura, como toda obra de arte, é mais verdadeira à vida que a própria realidade. (ROSA, 2014, p.13-14)
Mais tarde, Carracci passou a adotar nas aulas de sua Academia exercícios de desenhos rápidos para seus alunos, usando os traços exagerados como forma de relaxamento e para que seus aprendizes pudessem capturar a essência do retratado.
Após a sua morte, foi editada uma coleção de gravuras onde se encontra escrita a palavra caricatura, que deriva do verbo italiano caricare, que significa carregar, sobrecarregar, carregar exageradamente.
Estima-se que foi produzido entre 1530 e 1541. O autor desconhecido. México.
O Códice Boturini é uma tira de papel amate (feita a partir de fibras de plantas) produzida em 22 lâminas de 19.8 x 25.5 cm e 5,49 metros de comprimento.
Seus desenhos narram a história da migração dos astecas – por isso é também conhecida como Tira de la Peregrinación- desde sua saída de Aztlan até a chegada ao Vale do México, na cidade de Tenochtitlan. Estudiosos estimam que esse movimento migratório começou por volta do ano de 1116.
Aztlan era uma terra ancestral asteca de localização imprecisa. Era rodeada de água e próximo a uma ilha onde havia um templo dedicado à água e ao fogo. Quando uma mulher chamada Chimalma atravessa o rio em sua canoa em direção a ilha para levar oferendas, encontra o deus Huitzilopochtli. O deus lhe envia uma mensagem para que os astecas deixem sua antiga terra e partam em uma jornada para formar uma nova cidade. Durante a jornada, passam por 7 diferentes povoados, que se juntam no movimento migratório. Se dividiram em quatro grupos, onde cada um carregava um dos deuses que veneravam.
Caminharam até chegar a um lugar onde havia uma árvore enorme. Começaram a se organizar porém a árvore se partiu ao meio e perceberam que não era ali que deveriam ficar. Um pouco tristes, retomaram a caminhada. Se depararam com grandes dificuldades que lhe obrigaram a fazer sacrifícios. Nesse momento, o deus Huitzilopochtli envia outra mensagem dizendo que eles não mais se chamariam astecas, agora seriam mexicas.
Chegaram a um lugar onde havia dois montes onde permaneceram por 26 anos. Depois o Códice registra vários descolamentos e fixação temporárias, sempre registrando o tempo de permanência, o número de pessoas relacionado a cada grupo de origem e as cerimônias realizadas em cada morada fixada.
Na caminhada, após uma batalha em que foram derrotado, os mexicas são capturados e levados como prisioneiros. Passaram um bom tempo preso até que esse povoado entrasse novamente em batalha. O rei fez uma proposta para que os prisioneiros guerreassem a seu lado para derrotar o seu inimigo.
Os mexicas deveriam trazer uma orelha de cada inimigo morto, depositadas em um saco, como prova de seus feitos. Eles aceitaram a proposta. Pensaram que poderiam ser acusados de cortar as duas orelhas para aumentar o número de morte, por isso decidiram cortar os narizes dos inimigos mortos. Com armas improvisadas, saíram para a batalha.
Abaixo um vídeo que narra a história detalhada contida no Códice Boturini: